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Cursos e Oficinas para Educadores

Morando no brincar: Texto e Jogo no palco da sala de aula

Ao longo do processo artístico, do brincar com a história, do brincar com as palavras, com os personagens, experienciando ferramentas lúdicas para a ampliação desse brincar coletivo no palco da sala de aula, a contadora de histórias foi percebendo que a força da palavra da história, mediada pela força da palavra que conduzia todos os jogos e brincadeiras, passando pela hospitalidade e pelo acolhimento iniciais, estava repercutindo positivamente, inclusive no estado anímico dos educadores, encorajando-os a brincarem, sem vergonha, sem pudor, sem julgamento, sem medo com os personagens; a brincarem de contar a história, em grupo, de maneiras diferentes e imprevisíveis, ousando contá-la, com muita alegria e divertimento, como, por exemplo, com partes do corpo que nem sequer eles imaginavam serem capazes de transmitirem a lógica interna da narrativa e com expressividade. (Wânia Karolis)

Como princípio pedagógico no processo criador-criativo do ensino e da aprendizagem da arte de narrar, experienciaremos a apropriação lúdica de textos narrativos, através dos jogos teatrais; vivenciando juntos a prazerosa e divertida reinvenção poética-pedagógica dos educadores-artistas, apaixonados pela palavra que passa do livro ao corpo-voz brincante.

Em busca dos sonhos: Morando no brincar dos contos de tradição oral

Ao visitarem sua interioridade, os educadores se desvelaram como sujeitos e se encontraram como sujeitos ao pensarem sobre a educação, ao se reverem através da educação (como educando que foi e como educador que é) e ao se apropriarem do seu próprio caminhar na e pela educação. Uma experiência de si, enquanto identidade re-descoberta, sem dúvida alguma, libertadora. (Wânia Karolis) 

Morando no brincar de um conto de tradição oral africano, os educadores percorrerão a saga do herói do conto, do herói da vida, em busca do seu sonho; em meio o compartilhar espontâneo, lúdico e genuíno dos sonhos dos educadores que serão convidados, ao longo do processo criativo, para dançar, cantar, brincar... “Conte-me os seus sonhos para sonharmos juntos!”.

Morando no Brincar das histórias: Habitando poeticamente o mundo

Transportando-nos para o espaço-tempo das possibilidades do brincar e, por isso, do fazer poesia, exercemos, com todo o nosso ser, o desafio fecundo próprio da leitura, do ato de ler. Paulo Freire irá elucidar, com primor, a reflexão desejada: “A leitura verdadeira me compromete de imediato com o texto que a mim se dá e a que me dou e de cuja compreensão fundamental me vou tornando também sujeito” (FREIRE, 2010). Tornar-se sujeito da compreensão do que é lido. Tornar-se sujeito da criação artística a partir do que é lido, compreendido e sentido. Esse é o primeiro trabalho rico de beleza e encantamento humano do educador-artista narrador de histórias. (Wânia Karolis)

Morando no brincar da história Pedro, de Bartolomeu Campos de Queirós, os educadores - tendo a criança como sujeito inspirador - serão convidados a revisitarem suas práticas lúdicas-educativas pela gentileza do diálogo com alguns conceitos básicos que organizam, em especial, a teoria de educação de Paulo Freire: diálogo, escuta, reflexão sobre a prática, conscientização, relação com o outro, sensibilidade, amorosidade, curiosidade, rigor, seriedade, autonomia, autoria, ética e estética. Vivenciando juntos a prazerosa e divertida reinvenção poética-pedagógica dos educadores, cantando, dançando, "cirandando", brincando!

Objetivos dos Cursos e Oficinas:

Por meio de um ambiente acolhedor, provocador, que potencialize a escuta e a sensibilidade; da criação de um espaço amoroso dos encontros: com o outro, consigo mesmo, com a história ouvida, sentida, dialogada com as histórias vividas; por meio do encantamento da poesia das palavras, das imagens criadas, imaginadas; da produção e formulação dos novos sentidos e significados; das possibilidades e riquezas desse brincar com o conto, uma experiência artística e lúdica será proposta para a feliz e libertária vivência do Ser Brincante do educador que terá a sua criança e a criança do seu educando- seja ele também já um adolescente ou adulto - como sujeito do ensinar-e-do-aprender.

Programação dos Cursos e Oficinas:
  • Exercícios de relaxamento e aquecimento;

  • Jogos e cantigas tradicionais;

  • A história compartilhada (narrada pela contadora de histórias) e ou leituras da obra literária;

  • Exploração de diversos materiais para experienciar a história;

  • Jogos teatrais para o exercício cênico de narrar;

  • Jogos teatrais de apropriação lúdica do texto;

  • Exploração de diversos materiais plásticos para experienciar a história em seu fazer artístico;

  • Jogos e brincadeiras, em diálogo com a história, com o corpo-voz, com o canto, com a dança, com a música, com os sentidos, etc.

  • Reflexão e diálogo: O compartilhamento das sensibilidades, das expressões artísticas experimentadas, das histórias vividas e das práticas pedagógicas mediadas e experienciadas com os educandos.

Uma breve e importante consideração:

Paulo Freire argumentava que sempre deveria ser uma tarefa de cada educador a construção e organização de suas propostas; assumindo como tarefa imprescindível a autoria de si mesmo, como um educador compromissado com a opção pela educação em qualquer nível que ela se dê.

Diante disso, com esses cursos e oficinas oferecidos com alegria, desejo contribuir um pouquinho mais, com todo o meu empenho e dedicação, com a formação lúdica, criadora, inventiva, criativa e autoral dos educadores. Em prol, sem sombra de dúvidas, da valorização do educador como ser humano brincante, e da melhoria da qualidade do ensino que tem a feliz oportunidade de vivenciar a experiência libertária, espontânea, vibrante, estética e ética da arte de brincar com as histórias, da arte de contar histórias. 

Brincando também com os seguintes autores:

 

  • ALVES, Rubem. A alegria de ensinar. Campinas, SP: Papirus, 2000.

  • BENJAMIN, Walter. O narrador. In: Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Trad. Sérgio Paulo Rouanet. São Paulo, Brasiliense, 1994.

  • FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

  • _____________ Professora Sim, tia Não – Cartas a quem ousa ensinar. São Paulo, Olho d’ Água, 2003.

  • _____________ A Importância do Ato de Ler. São Paulo, Cortez, 1989.

  • FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e Ousadia - O Cotidiano do Professor.  Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2008

  • GARCIA, Olgair Gomes. Educação Infantil: a criança como sujeito inspirador do cuidar e do educar. Revista SINPEEM, Sindicato dos Profissionais em Educação no Ensino Municipal – SP, setembro de 2012.

  • _____________ Sabe aquela aula que quando termina dá uma sensação gostosa de que a gente aprendeu? In Revista de Educação da AEC, n 116, 2000.

  • GIRARDELLO, Gilka. Uma clareira no bosque: contar histórias na escola. Campinas, SP: Papirus, 2014

  • HAMBATÉ BÂ, Amadou. A tradição viva. In: KI-ZERBO, Joseph (Coord.).

  • História geral da África. São Paulo: Ática/Unesco, 1982

  • MACHADO, Marina Marcondes. A poética do brincar. São Paulo: Edições Loyola, 1998.

  • MACHADO, Regina. Acordais: fundamentos teórico-poéticos da arte de contar histórias. São Paulo, DCL, 2004.

  • MATOS, Gislayne Avelar; SORSY Ino. O ofício do contador de histórias: perguntas e respostas, exercícios práticos e um repertório para encantar. São Paulo: Martins Fontes.

  • OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. Petrópolis, Vozes, 1987.

  • PUPO, Maria Lúcia de Souza Barros. Entre o mediterrâneo e o atlântico, uma aventura teatral. São Paulo, Perspectiva, 2005.

  • QUEIRÓS, Bartolomeu Campos de. Pedro: o menino que tinha o coração cheio de domingo; ilustrações Sara Ávila de Oliveira. São Paulo: Gaia, 2011.

  • SPOLIN,Viola. Jogos teatrais para a sala de aula: um manual para o professor. São Paulo, Perspectiva, 2007.

  • ____________ Improvisação para o teatro. São Paulo, Perspectiva, 2003.

  • TEIXEIRA, Sirlândia Reis de Oliveira. Jogos, brinquedos, brincadeiras e brinquedoteca: implicações no processo de aprendizagem e desenvolvimento. RJ: Wak Editora, 2012

  • URRESTA, Wânia Karolis Ramos. VAMOS ABRIR A CAIXA DE BRINQUEDOS? PAULO FREIRE NA ARTE DE OUVIR E DE CONTAR HISTÓRIAS: UMA EXPERIÊNCIA ARTÍSTICA DE ENSINO E DE APRENDIZAGEM. Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) Pós-Graduação em “Docência no Ensino Superior”, apresentada na FIG/UNIMESP, Guarulhos/São Paulo, 2011.

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